Lixeira: esse não é o fim do túnel

     A população urbana pouco sabe dos problemas ambientais que enfrentamos diariamente, já que sua realidade impede que esteja a par destes, a famosa frase que somos ensinados desde a infância “lugar de lixo é no lixo”, reflete bem a nossa situação, somos incentivados a acreditar que o ciclo de vida de nossos resíduos termina na lata de lixo, ou seja, os detritos que produzimos todos os dias desaparecem magicamente assim como os dejetos que somem do vaso sanitário. Devido à falta de informação, que deveria ser propagada nas escolas, pessoas que vivem em grandes metrópoles, como a cidade de São Paulo, não se dão conta de seus erros e continuam agindo de forma insensata, já que não incentivados a mudança.

     O aumento progressivo de produção de lixo é causado pelas mazelas do consumismo, que como já dito anteriormente, leva as pessoas a uma busca incessante pelo consumo, ocasionando também o crescimento do número de escória industrial. Será preciso que aconteça uma crise para que haja a conscientização dos cidadãos? Para evitar que tal transtorno suceda, esteja ciente do que acontece em sua volta. Você deve estar se perguntando, o que acontece com o seu lixo? Depois da coleta, eles são transportados até uma estação de transbordo, são despejados em grandes carretas, que os levam normalmente para aterros e lixões, embora hajam outros meios de descarte.

     Umas das alternativas mais usadas são os aterros convencionais, os famosos lixões, o método lá utilizado consiste em despejar toda a carga dos caminhões da estação de transbordo em um grande terreno. O lixo fica exposto a céu aberto, este produz uma substância viscosa, o chorume, que contamina o solo e águas superficiais e subterrâneas, bem como rios, lagos, córregos ou lençóis freáticos. Essas águas poluídas podem ser usadas para a irrigação de alimentos agrícolas da região, afetando animais e seres humanos.

     Os aterros sanitários são uma espécie de deposito, onde os resíduos sólidos são soterrados, em diversas camadas. Mesmo que em alguns haja a preparação do solo com uma camada impermeável, para que empeça o vazamento de chorume, é necessária uma intensa fiscalização, pois essa prática gera grande quantidade de gases poluentes, tais como metano e gás carbônico, que contribuem com o agravamento do aquecimento global.

- Esse texto foi construído com base nos cadernos de Educação Ambiental divulgados pela Secretaria de Estado e de Meio Ambiente na cidade de São Paulo

Rio Cheonggyecheon: um exemplo às nossas represas.

Por ser maior que o sistema Cantareira, que o Alto Tiête e quatro vezes maior que a Guarapiranga, a Represa Billings poderia ser uma boa opção para reabastecer estes sistemas, porém 80% da represa está poluída e para mudar está situação o governo deveria ter pensado nesta alternativa antes e não em um momento de crise, assim não seria urgente a necessidade da água da Billings, pois além de despoluir seria preciso construir tubulações para interligá-la ás outras represas, segundo o secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo do Campo.
   Com todos estes empecilhos pode parecer impossível voltar ao que era antes do recebimento das águas do Rio Pinheiros e Tiête, porém existem vários exemplos pelo mundo de revitalizações não apenas de um rio, mas de todo o espaço ocupado por ele, um deles é o Rio Cheonggyecheon, em Seul, Coreia do Sul, tão poluído quanto o Tiête e mesmo assim teve 5,8 KM revitalizados, um viaduto ainda foi implodido, uma nova organização do transporte público na região visando sustentabilidade e a construção de parques lineares para recreação, até a temperatura do local diminui 3,6°C por conta das melhorias atingidas, com um investimento de US$380.000 da prefeitura local.  

     

Seul antes da Revitalização 

Trecho do Rios depois da Revitalização

Rio depois da Revitalização

Referências: http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2014/06/para-especialistas-despoluicao-da-represa-billings-tera-alto-custo-2440.html

https://mundopossivel.wordpress.com/2010/08/27/rio-revitalizado-vira-cartao-postal-em-seul-na-coreia-do-sul/

Consumir não é a solução

Por alguma razão nos acostumamos a ficar contentes quando ganhamos presentes, mas bens materiais podem ser considerados sinônimos de felicidade? Pensar dessa forma é o principal motivo para nos tornarmos consumistas. Na modernidade cada vez mais pessoas relacionam as compras a um momento alegre de suas vidas, esse comportamento além de ser considerado perigoso para muitos psicólogos, atinge diretamente a natureza. Devemos questionar a nós mesmo, será que consumimos somente de acordo com as nossas necessidades ou estamos tentando de forma inconsciente comprar o nosso bem-estar? O consumo desenfreado muitas vezes está ligado também ao status, já que o desenvolvimento econômico está associado ao poder aquisitivo. Apesar de a primeira vista parecer inofensivo, o consumismo pode trazer consequências assustadoras e irreversíveis, das quais já estamos presenciando. O fato é  que quando adquirimos produtos supérfluos, rapidamente estes perdem sua serventia e logo são descartados, ou até mesmo objetos que são de grande utilidade são substituídos por outros que exercem a mesma função, porém por serem modernos, acabam sendo a preferencia do consumidor. Em decorrência disso, somente o Brasil produz cerca de 245 mil toneladas de lixo por dia, sem contar os resíduos agrícolas e industriais, enquanto apenas  3% do lixo de todo o país é reciclado.

MAN

 Por: Steve Cutts

Uma crítica ao consumismo e ao egoísmo humano

- Esse texto foi construído com base nos cadernos de Educação Ambiental divulgados pela Secretaria de Estado e de Meio Ambiente na cidade de São Paulo

Exposição Reverta: Arte em Prol da Sustentabilidade

O objetivo da Exposição Reverta é conscientizar os visitantes de uma forma interativa, com jogos, infográficos e fotografias de variados artistas sobre a má influencia do consumismo no aumento da produção de lixo no mundo inteiro, a importância da redução do consumo de produtos supérfluos com a política dos 3Rs e o que acontece com os resíduos após irem para o lixo, além de mostrar a poluição como um problema social e não apenas ambiental.
Você pode visitá-la na Oca do Ibirapuera até o dia 05 de julho, de terça a domingo, das 9:00 h até às 17:00 h. A entrada é gratuita.

Desmatamento das matas ciliares para ocupação humana

Com o tempo, a vegetação ao redor dos rios é desmatada para que a margem possa ser ocupada, e quando não preservada os danos aos cursos d'água e consequentemente às próprias pessoas são inevitáveis. É essencial que saibam da importância da mata ciliar ao redor dos rios e dos benefícios que ela pode trazer aos próprios moradores da região, desde o lazer até evitar acidentes naturais causados pela falta do verde.
 As raízes dessas plantas "firmam" e mantém o solo estável evitando deslizamentos em encostas,as folhas e galhos retém a água da chuva e a libera gradualmente para os rios ou ao solo (indo para águas subterrâneas) evitando o escoamento da água para as partes mais baixas dessas áreas e  diminuindo o risco de enchentes, os sedimentos que a chuva traz de partes mais altas do terreno são retidos pela folhagem, assim não atingem os rios, todos estes fatores aumentam a disponibilidade e a qualidade da água.
   Além de perderem suas matas, os cursos de água se tornam depósitos de lixo e de esgoto jogados pela ocupação ao redor e a impermeabilização do solo impede a infiltração descrita antes, desta forma, bueiros são entupidos por conta do lixo encontrado nas ruas e levado pelas inundações, as cheias invadem as casas e põe em risco a saúde humana, pois o contato com a água contaminada pode causar infestações por vermes, disenteria, cólera, febre tifoide, leptospirose e hepatite, por isso a possibilidade de usá-los para a prática de esportes e diversão se torna inviável.

Como a Degradação das Matas Ciliares nos Prejudica

O objetivo do nosso blog é difundir informações sobre ecologia aplicadas ao nosso dia a dia, portanto, após tomarmos conhecimento do quão interessantes são os assuntos tratados nos Cadernos da Educação Ambiental, que estão sendo distribuídos em uma região da Represa Guarapiranga e infelizmente, nem todos da cidade poderão ler por conta disto, assim como nós mesmos que não moramos perto e pegamos o material emprestado do nosso Professor de artes, Cristiano. Com isso tivemos a ideia de escrever uma espécie de série por meio de posts sobre os principais tópicos destes cadernos, pois estão muito relacionados à situação atual de onde vivemos. O volume "Matas Ciliares" trata da importância do verde ao redor dos rios, com a leitura é possível entender como a destruição da flora e da fauna destes locais afetam a nossa vida e como nós devemos nos relacionar com a natureza sem degradá-la.

A vegetação ao redor das nascentes dos rios são chamadas popularmente de matas ciliares, em relação ao cílios humanos que protegem os olhos, assim como as formações florestais protegem os cursos d'água. A ocupação ou outras atividades humanas ocasionam o desmatamento das matas ciliares e, por consequência da falta de planejamento, o lixo e o esgoto produzidos vão acabar poluindo os rios

  Nestes locais a diversidade biológica é abundante e cada espécie vegetal ou animal depende das outros para sobreviverem, num ciclo harmonioso.

  No Brasil, as florestas ciliares estão presentes em todos os biomas: cerrado, mata atlântica, caatinga, floresta amazônica, pantanal e pampa.  

   A manutenção das águas subterrâneas, a qualidade e abundância das águas dos rios dependem da vegetação em volta. Por isso é muito importante a conscientização da população sobre a degradação das matas ciliares, pois esta influencia na nossa qualidade de vida e é com certeza, um dos fatos que intensificou a seca nos sistemas de abastecimento no Estado de São Paulo. 

Quem somos

Nós, ainda estudantes no ensino médio, decidimos criar um projeto que abrange grande parte das disciplinas do colégio e que tem uma grande importância, pois de certa forma, poderemos mudar o mundo de algumas pessoas, inclusive o nosso. Querendo ou não no nosso dia-a-dia acabamos cometendo muitos erros, sem nem perceber, o que é muito perigoso. O simples ato de se jogar um papel no lixo, pode se tornar algo terrível se visto de um novo referencial. Já parou para pensar no que acontece com esse papel? Para aonde ele vai? Pois é... Provavelmente ele vai parar em um grande lixão ou em um aterro, mas que danos isso pode causar para o meio ambiente? Não são muitas as pessoas que param para refletir sobre os impactos que causamos diariamente na natureza, a maioria nem ao menos conhece os danos causados por estes. A falta de informação ou mesmo de interesse fez com que agíssemos de forma insana por séculos e isso só acarretou em coisas ruins que afetam de forma prejudicial não somente nós, os seres humanos, como também os demais seres que nada tem a ver com a história. Temos que deixar de ser cínicos e começar a repensar em como agimos perante a sociedade, é nosso dever garantir um futuro sustentável para os que ainda estão por vir, se continuarmos sendo mesquinhos e fúteis consumindo e ostentando, aonde vamos encontrar recursos para produzir ainda mais? Como já é sabido precisaremos no mínimo de mais quatro planetas Terra para continuar produzindo e descartando da forma que estamos fazendo. Nosso objetivo ao realizar esse projeto é o de alertar, mas sobretudo de conscientizar e informar as pessoas dos mais diversos problemas que acontecem no mundo, de caráter ecológico, para que se possa haver uma mudança gradativa nas relações entre o ser humano e a natureza.