Após a Segunda Guerra Mundial, a Revolução Verde prometeu fartura em alimentos de boa qualidade, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Para aumentar a produção agrícola, houve investimentos em pesquisas em sementes, fertilização do solo e máquinas para utilizar no plantio.
Mesmo com o aumento da eficiência na produção agrícola, as novas tecnologias incentivaram a monocultura em grandes áreas, substituíram a mão-de-obra humana, ocasionando o êxodo rural, a fome mundial não acabou, pois o que é produzido nos países em desenvolvimento, boa parte é exportado para países desenvolvidos e o aumento no uso de transgênicos (alimentos modificados) e fertilizantes, principalmente na década de 60, que oferecem risco à saúde do consumidor, trabalhadores rurais e ao meio ambiente.
A tecnologia usada nos agroquímicos veio da guerra, a IG Farben, empresa que deteve toda a produção química na Alemanha Nazista, tem entre seus proprietários a Basf e a Bayer, empresas também produtoras de agrotóxicos. Entre 1961 e 1971, os Estados Unidos utilizaram nas florestas vietnamitas o herbicida agente laranja, produzido pela Monsanto, que também distribui o Glifosfato, herbicida permitido no Brasil, e segundo ela, foi para proteger os soldados americanos e aliados, pois reduzindo as densas folhagens o risco de uma emboscada seria menor, a Dow Chemical também participou. Após a Guerra, estas corporações e outras fabricantes de produtos químicos foram acionadas à pagar 180 milhões de dólares aos combatentes no Vietnã, além dos veteranos de guerra sul-coreanos que deveriam receber 62 milhões de dólares, mas nada foi pago e até hoje existem vitimas tardias dos ataques.
O Brasil permite e opera 400 tipos de inseticidas, fungicidas e herbicidas, entre estes a metade é proibida em países da União Europeia e Estados Unidos. Desde 2008 o nosso país é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cada brasileiro consome, em média, um galão de cinco litros de agrotóxicos anualmente, 70% dos nossos alimentos in natura estão contaminados com estes venenos, isso sem contar alimentos processados feitos à partir de grãos geneticamente modificados.
No interior do Mato Grosso, no município de Lucas do Rio Verde, uma pesquisa feita em 2011 constatou que além de plantas, águas e ar, até gestantes estavam contaminadas,100% das amostras de leite materno analisadas tinham pelo menos um tipo de agrotóxico, o DDE, um metabólico do DDT, proibido em 1998 por causar câncer, má formação do feto e abortos espontâneos, 85% tinham dois tipos ou mais.
A Anvisa conseguiu proibir no Brasil o uso de princípios ativos como metamidofó usado no cultivo de batata, soja, feijão, tomate, trigo e algodão que prejudica o sistema nervoso central, causando danos à memória, perda dos movimentos, redução da imunidade, principalmente em crianças, desregulação hormonal, comprometimento do sistema reprodutor e complicações no embrião de gestantes. Além dele foram proibidos o endossulfam, por causar alterações genéticas e hormonais, danos ao sistema nervoso e reprodutivo e leva à má formação do feto. O tricloform usado em quarenta e cinco plantações como as de milho, tomate, feijão, alface e arroz causa má formação no cérebro, afeta a reprodução e o sistema hormonal humano.
Estudos em ratos, coelhos e camundongos mostram que a cihexatina pode causar má formação fetal, aborto, e afetar o sistema reprodutivo. Danos aos pulmões, visão, fígado e rins. O uso destas e outras substâncias também está relacionado ao câncer, porém para empresas como a Bayer, Monsanto, Dow Chemical, Du Pont, Syngenta e Basf o lucro é mais importante do que a saúde humana e a preservação dos recursos naturais. Só no Brasil, nos últimos dez anos, o mercado de agrotóxicos subiu 190%, o faturamento destas empresas parece importar mais do que a qualidade de vida das pessoas. Para a população mais pobre, os alimentos orgânicos (livres de agrotóxicos) são pouco acessíveis por serem 30% mais caros, isso porque falta mão-de obra e para que o agricultor assegure sua plantação, o banco exige notas fiscais de sementes híbridas e de adubos químicos e fertilizantes, algumas sementes não são próprias ao nosso clima e falta apoio político. Não utilizar agrotóxicos é mais barato do que os gastos com saúde pública por intoxicação e todas as doenças citadas, porém quem paga esta última conta somos todos nós.
Estudos em ratos, coelhos e camundongos mostram que a cihexatina pode causar má formação fetal, aborto, e afetar o sistema reprodutivo. Danos aos pulmões, visão, fígado e rins. O uso destas e outras substâncias também está relacionado ao câncer, porém para empresas como a Bayer, Monsanto, Dow Chemical, Du Pont, Syngenta e Basf o lucro é mais importante do que a saúde humana e a preservação dos recursos naturais. Só no Brasil, nos últimos dez anos, o mercado de agrotóxicos subiu 190%, o faturamento destas empresas parece importar mais do que a qualidade de vida das pessoas. Para a população mais pobre, os alimentos orgânicos (livres de agrotóxicos) são pouco acessíveis por serem 30% mais caros, isso porque falta mão-de obra e para que o agricultor assegure sua plantação, o banco exige notas fiscais de sementes híbridas e de adubos químicos e fertilizantes, algumas sementes não são próprias ao nosso clima e falta apoio político. Não utilizar agrotóxicos é mais barato do que os gastos com saúde pública por intoxicação e todas as doenças citadas, porém quem paga esta última conta somos todos nós.
Referências
-http://www.ihu.unisinos.br/noticias/532297-cientistas-pedem-a-suspensao-dos-transgenicos-em-todo-o-mundo.http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/
https://www.youtube.com/watch?v=MqNPlU9zwCM
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/02/130207_transgenicos_cultivo_tp.shtml
http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/guia_consumidor_4.pdf
http://reporterbrasil.org.br/2013/11/transgenicos-e-agrotoxicos-uma-combinacao-letal/
http://reporterbrasil.org.br/2013/11/pouca-transparencia-marca-estudos-sobre-riscos-
dos-transgenicos/